quinta-feira, 30 de agosto de 2007

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

assalto

Três da manhã. Esquina da Lima e Silva com a André da Rocha. O assaltante parte pra cima da vítima:
- Passa o celular!!!
- Nove, meia, sete, meia...

Obs: Valeu, Andrei!!

domingo, 26 de agosto de 2007

era uma casa portuguesa com certeza

Eu tinha 15 anos quando participei de um concurso internacional de poesia, apenas para países de língua portuguesa, promovido pelo Instituto Piaget. Fui uma das contempladas em minha categoria (era por idade) e tive que ir a Portugal receber o prêmio. Bem, como o filho de um grande amigo do meu pai também havia sido contemplado na categoria dele (ele é bem mais novo), fomos a Lisboa, eu, o Bruno, o tio Gringo e a esposa dele... ainda vou lembrar o nome dela.

Sempre tive curiosidade sobre Portugal, pois cresci ouvindo piadas de português. Mas o que mais me intrigava eram as histórias "reais", como a placa na praça em que se lia Não pise na grama. Se não souber ler, pergunte a um guarda. Também aprendi, ao longo da vida, que os portugueses têm toda uma lógica. Então, não seria de estranhar se eu perguntasse a alguém com relógio na rua "Tem horas?" e ouvisse como resposta "Tenho", seguido de... nada mais.

De qualquer modo, estava eu em Lisboa, feliz da vida. Gosto muito de História e, principalmente, de conhecer lugares históricos. Imaginem! Eu estava visitando nossos exploradores! Eu podia ver o orgulho nos olhos do guia de um museu explicando que tudo ali dentro era do tempo da "colonização" e feito de... tchan, tchan, tchan... OURO! Do Brasil, claro.

Passava um pouco do meio-dia quando resolvemos almoçar nas ruas de Lisboa. Iríamos a Cais-Cais logo depois e eu sabia que levaria tempo até uma próxima refeição. Começamos a procurar um restaurante e, não sei se foi coincidência ou se era algum feriado (ou se a sesta era mais cedo), mas estavam todos fechados para almoço. Claro! O que eu esperava? Bem, meu primeiro almoço em Portugal foi uma rosquinha numa praça - que, diga-se de passagem, não tinha nenhuma placa como a citada anteriormente.

Tá, pensei que estivéssemos com pouca sorte, apenas. Mas após um dia de passeio (maravilhoso, por sinal!) resolvemos ir jantar. Sim, os restaurantes estavam abertos! Tio Gringo deu uma olhada no cardápio e reparou que não tinha preço. Tudo bem, era só ver algo que quisesse e perguntar. Eu e Bruno, se bem me lembro, comemos uma massa. Os adultos queriam o bacalhau, coisa que não engulo, literalmente. O tio deu uma olhada na carta de vinhos e perguntou ao garçom:
- Como vocês servem o vinho aqui, de que tamanho?
E o garçom bem solícito (e com aquele sotaque de piada):
- Temos garrafões de cinco litros e garrafas menores de meio litro.
Tio Gringo olhou rapidamente pra mesa:
- Bom, acho que só eu vou tomar mesmo... - e, voltando-se ao garçom - Então, quanto é a garrafa de meio litro?
E o garçom, indócil:
- Ora! Meio litro é meio litro, o pá!!!

Foi o ponto auge da viagem. Depois disso, a premiação, no dia seguinte, não teve a menor graça.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

coisinhas que irritam...

Há coisas no nosso dia-a-dia que nos parecem surreais, não? Coisas? Deixem-me ser mais clara: PESSOAS! Tenho vontade de estrangular algumas pessoas que aparecem em minha vida por um instante único... e unicamente irritante!

E elas estão em toda parte. No shopping, no trânsito, no supermercado, no banco, no ônibus, no restaurante. Acho que ainda não entenderam que vivem em sociedade e que o mundo não foi feito só pra elas. Esquecem que há outros seres vivos respirando o mesmo ar.

Eu, como muitos, tenho meus momentos de "desligamento", de cabeça nas nuvens... Sou até estabanada e muitas vezes sem "simancol". Mas, peraí! Se eu estou num momento desses, eu não ajo com arrogância, como se estivesse certa! E é isso que eu tenho visto diariamente: pessoas que não estão nem aí pros outros. Não in a good way. In a very bad way!!! Não se importar com o que os outros pensam de você é uma coisa. Agir como se estivesse sozinho no mundo é outra.

Resumindo, eu simplesmente me irrito com pessoas que:
- param no fim da escada rolante por qualquer motivo que não interessa ao resto das pessoas que estão vindo atrás (sim, porque elas devem achar que a escada rolante pára assim que elas saem!);
- ficam na frente do caixa eletrônico conversando, analisando o que vão fazer, discutindo com o cônjuge, etc, enquanto outras pessoas estão na fila esperando;
- ficam numa fila imeeeensa de uma fast-food, bem de frente pro cardárpio com todas as opções disponíveis, e quando chegam no caixa, ficam h-o-r-a-s analisando o que vão pedir;
- falam no celular, dentro do ônibus, como se estivessem em casa, pra todo mundo ouvir;
- fumam e jogam a fumaça na cara dos outros;
- passam a frente de pessoas que estão esperando horas por uma mesa num restaurante;
- ligam a seta do carro (ou o "pisca", como dizem os gaúchos) como se fosse o "foda-se" e vão entrando na sua frente, mesmo que não haja espaço;
- param do nada com o carro, sem dar seta, no lugar que precisam e os outros que se virem adivinhando que elas "tinham" que parar.

Bom, há muitas outras coisinhas irritantes, obviamente. E, obviamente, a gente também comete deslizes. Mas o que não dá pra agüentar é o sorrisinho, o desdém, o desrespeito, mesmo depois que se percebe a situação. E quando se chama a atenção dessas criaturas? Nossa! É um tal de rodar a baiana e levantar dedo e xingar a mãe...

Foi numa dessas que um babaca matou um senhor numa fila de banco, né? O cara furou a fila, o aposentado reclamou e tomou na cabeça. Nem quero pensar o que essas pessoas ensinam pros filhos...


sexta-feira, 17 de agosto de 2007

eu já dizia...

Vou aproveitar um post do Alex Primo pra retomar um assunto que eu já discuto há aaaaaaanos. Mas prometo nem entrar em muitos detalhes.

Não sou nenhuma especialista, mas tenho um pouco mais de conhecimento sobre aviação do que a maioria das pessoas que conheço por causa do meu pai, que é piloto. Ele se aposentou como comandante e era pra estar curtindo a aposentadoria neste momento, depois de mais de 30 anos dedicados à velha Varig. Entretanto, o JÁerus parou de pagar... e todo mundo que tenha acompanhado a situação da companhia gaúcha deve estar ciente do porquê (este "porquê" é assim mesmo?). Fora isso, minha amiga Fernanda, também filha de variguianos, seguiu a carreira dos pais e virou aeromoça... da TAM.

Ou seja, eu sempre tive um certo acesso às reais informações sobre a situação aérea. E ainda tenho. A imprensa, diga-se de passagem, não publica nem a metade. E eu cheguei a ter brigas homéricas com amigos meus por causa do assunto. O governo Lula (diz-se: Dirceu e companhia) dizia "as outras companhias têm capacidade para agüentar o rojão". E as pessoas diziam "a Varig tem mais que quebrar!", "não quero meu dinheiro sendo usado pra salvar essa companhia". E eu já dizia... vocês não sabem do que estão falando.

Bom, eu já sabia da ligação do Dirceu com a TAM, do objetivo da TAM de abocanhar a Varig, da falta de manutenção dos aviões da TAM, do desrespeito das novas companhias aéreas à folga regulamentar da tripulação (já viajou de ônibus com o motorista caindo de cansado?), dos problemas da Gol, da pista-sabão de Congonhas, dos problemas dos controladores, etc, etc... Mas acho que a maioria da população realmente não liga pra isso. A preocupação é com o preço da passagem, basicamente. Os aviões da Varig estão no chão? É porque não tem dinheiro pra manutenção e os aviões não vão decolar sem manutenção. Os aviões da TAM não param no chão? Bom...

Infelizmente, foi preciso que dois aviões caíssem com centenas de passageiros (em um intervalo de quase um ano) e o caos aéreo se instalasse pra que as pessoas começassem a sentir que a situação estava complicada... Antes tarde do que nunca? Não sei. Acho muito triste não se dar ouvidos a pessoas que sabem do que estão falando. E o pessoal da Varig bem que tentou. E como. Eu acompanhei. Eu participei. Não tanto quanto eu queria, mas participei.

Finalmente, começaram a pipocar colunas, reportagens e comentários sobre isso tudo. E uma das melhores colunas que li sobre o assunto nos últimos tempos foi a do David Coimbra, na Zero Hora do dia 3 de agosto. Reproduzo aqui o texto na íntegra:

"Sou uma viúva

Você entra num desses aviões das modernas companhias aéreas brasileiras. Tenta se acoplar no espaço que lhe é destinado. Não é fácil, seus joelhos espetam as costas do cara da frente e você não pode respirar muito forte ou desgrudar os cotovelos das costelas sem esbarrar nos úberes da gorda sentada ao lado. Aí vem aquela mulher caminhando pelo corredor com um Nutry na mão. A aeromoça. Ela pára a um passo de distância e lhe estende o Nutry:

- Ó teu Nutry.

Respondo:

- Não quero esse teu Nutry.

Não que faça questão de comida de avião. Nunca gostei de comida de avião, por Deus. Prefiro eu mesmo escolher a minha comida. Mas o Nutry é um símbolo. Representa a filosofia dessas companhias de aviação. "Nada substitui o lucro", é o lema delas. Entendo isso. É um troço que se chama "processos de gestão". Aprende-se esse negócio nos cursos de embiei em São Paulo. Basicamente, o que eles ensinam nos embieis é o seguinte: economize. Pronto. Concluído o curso.

Eu, aqui, admito: não entendo spoilers nenhum de aviação. Mas entendo de ser passageiro. É como passageiro que tenho autoridade para afirmar: essas modernas companhias aéreas brasileiras são, como se diz na região oeste do Menino Deus, muquiranas. Como passageiro, sou uma viúva da velha Varig. A velha Varig era conhecida por ter um dos melhores serviços de manutenção do mundo. Os pilotos da velha Varig ganhavam bem - eram os melhores pilotos. Tanto que estão espalhados pelo mundo, na China, na Coréia, na Europa.

Quando você estava em Paris, por exemplo, se lhe sobrevinha um problema, você não procurava a embaixada brasileira; procurava a agência da Varig. E o funcionário da Varig resolvia a questão. Ou se esforçava até o último flap para fazê-lo.

Nunca se ouviu falar de uma porta se desprender de um avião da Varig em pleno vôo. Nem de um cara cair lá de cima. Por minha autoridade de passageiro é que garanto: é chato cair lá de cima.

Uma coincidência: esses fatos ocorreram depois que a Varig fechou. E os atrasos nos aeroportos. E os dois maiores acidentes da história da aviação brasileira, com 10 meses entre um e outro.

Mas o fechamento da Varig foi saudado pelos gestores modernos. Uma companhia que pagava tão bem aos seus funcionários, que prestava serviço de qualidade ao passageiro e que servia refeições com talheres de aço inox tinha de fechar. Os gestores da Varig decerto não fizeram embiei. Não sabiam que nada substitui o lucro."

É... que saudade da Varig...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

superação

Sou muito manteiga derretida. Confesso que choro por qualquer motivo. Dia desses eu estava discutindo seriamente com Hitler e Mussolini, também conhecidas como síndica e subsíndica do meu condomínio, e tive que terminar a discussão de maneira bem delicada, dizendo que a nazista precisava ser internada. Isso porque meus olhos começaram a lacrimejar. De raiva. Quão forte eu pareceria diante daquelas duas freiras de convento se começasse a chorar? Anyway, não foi para falar das filhas de belzebu que comecei esse post...

Bem, sou emotiva mesmo. E mesmo correndo o risco de ser piegas, preciso dizer o quanto fico emocionada vendo os atletas do Parapan. Exemplo de superação mesmo, não? Claro que não são só eles. Sempre vejo pessoas superando suas dificuldades e me deixando de queixo caído. Mas, neste momento, fica muito evidente, muito próximo. É bonito ver os atletas com alguma deficiência (deficiência dentro da nossa concepção, claro) deixando muito "atleta de acadimia" no chinelo. É bonito ver que eles não se deixam abater por diferenças.

Volta e meia, parece que a gente precisa ter ciência de situações de vida alheias para dar mais valor à nossa, né? Quantas vezes não vemos alguém na rua sem um braço, sem uma perna, cego ou com alguma deformidade e feliz, trabalhando, rindo, sei lá? Eles conseguem, ora! Eles podem, eles têm o direito. Eles se superam. Eles merecem. E nós ficamos reclamando de coisas ínfimas, idiotas. E até imaginamos que seríamos infelizes numa situação similar. "Que horror, ficar sem um braço!".

Hoje, lendo uma matéria no G1, fiquei mais emocionada ainda. Nada de diferente. Apenas uma matéria falando um pouco do público animado nas arquibancadas do Parapan. Mas aquilo me tocou. Fiquei imaginando o quanto a cabeça de uma criança pode mudar ao ver uma competição desse tipo. Achei bonito mesmo.

Felizes são esses que conseguem transformar deficiências e problemas em detalhes tão pequenos que parecem nem existir. Parabéns aos atletas do Parapan! Parabéns a essas pessoas que me fazem ter vergonha de reclamar da vida.

E lá vou eu chorar de novo...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

caí! caí! caí!

Eu deveria ser convidada a me retirar do mestrado...

Pra quem não sabe, meu projeto de pesquisa são os boatos virtuais, os rumores que circulam na internet e são repassados impunemente por pessoas que acreditam que estão fazendo um bem à humanidade. A grande maioria não é verdade. Ainda assim, volta e meia sabe-se de alguém que caiu num boato desses.

Obviamente, isso não é de hoje, não nasceu com a internet. Boatos, ainda hoje, pode surgir em qualquer lugar. Mas o que estou defendendo é justamente o quanto a rede potencializa essas coisas. E olha o que me acontece...

Essa semana, fiquei chocada com uma notícia que o Terra publicou sobre um homem que teria feito uma cirurgia nos dedos para usar melhor seu IPhone. A matéria até estava, espantosamente, bem escrita. Claro que era a tradução de outra que saiu nos Estados Unidos. De qualquer maneira, como não estava na editoria popular nem nada, imaginei tratar-se de uma notícia, com informações autênticas (aliás, o próprio pessoal do Terra pensou a mesma coisa). Tanto é que repassei a notícia pro meu pai, que é vidrado em novas tecnologias. E eis que vem a "correção" do Terra: BOATO diz que homem teria operado dedos para usar IPhone.

Hein?! Como assim? "A história não passou de um boato do jornal North Denver News, para provar que a "não-notícia" faz sucesso". E agora? Aplaudo de pé o editor Guerin Lee Green e equipe ou mando todo mundo acolher beringelas em suas aberturas exteriores inferiores do tubo digestivo?

Não estou pronta psicologicamente pra este mundo...
Ah! É beringela ou berinjela... tanto faz.

telemarketing às sete e meia da manhã

- mnmnnn... 'lô
- Bom dia! Com quem eu falo, por favor?
- Com quem quer falar?
- Com a senhora Danielle RUÉLER
- Não é daqui, não...
- Ok. Peço desculpas. Tenha um bom dia.
-
mmmnnn...

E, em homenagem à minha amiga Vanessa: Pronto, me aborreci, hoje ninguém janta!!
Hunf!!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

acredite... se quiser

Sabe aquelas situações que ninguém acredita que existam? Tem sempre aquele que diz que não conhece ninguém que tenha passado por isso ou por aquilo.

Pois eu pensei em três coisas que já aconteceram comigo e várias pessoas já disseram que não acreditam que aconteçam ou existam.

Eis os mitos:

- Ibope: ... EU já fui entrevistada pelo Ibope!
- Boto cor-de-rosa:... EU já vi boto cor-de-rosa (em seu habitat!!!)
- Mega-sena:... Caaaaalma aí! Eu não ganhei a mega-sena. Se isso tivesse acontecido comigo, eu nem estaria escrevendo um blog pobre como este. Estaria escrevendo sobre minhas viagens pelo mundo... hihihi. Mas EU (junto com alguns amigos) já acertei a QUINA da mega-sena. Siiim! É verdade!!!

Isso me faz pensar em quantas coisas a gente deixa de acreditar na vida só por não conhecer alguém que tenha passado por elas...

Qualquer hora eu conto quantas vezes já fui alvo de entrevistas e reportagens (do nada!).

domingo, 12 de agosto de 2007

pena pra todos os lados...

Fiquei na dúvida se comentava ou não a estupidez da "elite" que joga ovos nas pessoas... Comentar o quê? São seres que não fazem bom uso de sua massa cinzenta e não sabem mais o que fazer com o dinheiro que ganham. Já fizeram festas regadas a drogas pesadas, já fizeram orgias regadas a drogas pesadas, já investiram em arte duvidosa, já viajaram o mundo em jatinhos particulares (nem sabem o que é apagão aéreo), já compraram roupas brancas de grife para as passeatas em prol da PAZ (que terminam com festinhas regadas a drogas pesadas), já enfiaram no c... Que tédio a vida deles!! Como se divertir numa cidade entediante como o Rio de Janeiro? Jogando ovos nas pessoas que passam na rua.

Esse tipo de gente me deixa enojada. Pior é saber que isso é só mais uma história divertida pra ser contada nas festinhas do Chateaubriand, da Narcisa, do Boninho...
Mas, vá lá, pelo menos os ovos da "elite" são produção própria.

frase do século

CANALHAS TAMBÉM ENVELHECEM!

sábado, 11 de agosto de 2007

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

novidade na cara...

Faz pouco mais de um mês que operei o nariz. Não foi uma decisão "do nada". Há uns 10 anos que preciso fazer essa operação. Desvio de septo. Aquele problema que mais da metade da população mundial tem e não dá bola. E eu nem sabia que respirava tão mal... Eu tinha pavor de fazer a cirurgia por causa do tampão. Imagina ficar dias sem poder respirar pelo nariz? Tenho uma ansiedade tão forte que começo a ter falta de ar em momentos de aflição. Eu morreria, com certeza!

O detalhe a acrescentar aí é que eu também sempre odiei o ossinho do dorso. Mas eu não iria me submeter a uma cirurgia plástica só pra isso. Sempre pensei que, se um dia eu tomasse coragem pra operar o septo, aproveitaria pra raspar o diabo do ossinho.

Mas plástica sempre foi um assunto polêmico pra mim. Eu entro em conflito comigo sobre isso. É verdade! Por que mudar quem você é? Por que não aceitar suas características? Por que gastar tanto dinheiro para ter o corpo mais próximo do ideal imposto pela sociedade atual? E aí vem a outra pergunta: e por que não?

Acontece que este ano tomei coragem. Já tinha até pesquisado uma linha de objetos para colocar no nariz junto com o tampão, só pra poder respirar. Imagino que eu ficaria um monstro, mas tudo bem. Procurei um otorrino no livrinho do plano de saúde. Rá! Um OTORRINO! Já me salvei por aí. Não é um cirurgião plástico! Eu estava tentando me convencer de que eu não era tão fútil... Comecei o papo:
- Há anos que adio essa cirurgia. Tenho os exames até hoje. Mas tenho pavor do tampão!
- Eu não uso tampão - disse o médico.

Suspirei aliviada. Ele me explicou a técnica utilizada por ele, de "clipar" a veia que irriga o nariz antes da operação. Adorei!! Falei do ossinho e ele disse que poderia fazer na mesma cirurgia. Adorei!! Só precisava pagar a parte estética por fora... Hmmm... O resto era coberto pelo plano... Hmmm... Conversei com o maridão e marquei a data.

Hoje ele quer me jogar pela janela. Não paro de falar no nariz. Claro! É uma mudança grande, está na cara, literalmente. Engraçado que a maioria das pessoas nem percebe a diferença. O que é ótimo, pois significa que nem preciso refazer documentos. Tá tudo igual. Mas tá tudo diferente. Pra mim, principalmente.

Eu ficava com medo do que as pessoas iriam dizer ao saber que fiz plástica. E me pego explicando, diversas vezes, que a cirurgia não foi pra isso. Mas que aproveitei pra isso. E que o cara não é cirurgião plástico. É otorrino, pombas!!! E eu tô respirando maravilhosamente bem! E tô me sentindo bem também.

Engraçado como sou preocupada com o que os outros pensam de mim... Eu não queria ser assim. Mas sou. Estou sempre preocupada com isso. Porque sei que estou sempre sendo julgada. E sei disso porque também estou sempre julgando. E estou sempre julgando, mesmo que inconscientemente, porque sou humana. O ser humano é horrível...

Anyway, ninguém vive sozinho, né? E mesmo vivendo em sociedade, cada um procura cuidar do seu próprio nariz. O meu, pelo menos, é novo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

descoberta

Fiz o teste da Capricho e descobri que meus pais não me planejaram.

sábado, 4 de agosto de 2007

tentando...

Será que consigo voltar a escrever o blog?