sexta-feira, 8 de abril de 2011

retomando... de novo

É... como uma boa sagitariana, dei uma sumida virtual. Pela décima vez, retomo o blog. Provavelmente por alguns dias ou semanas. De qualquer modo, é sempre bom ter um espaço para escrever, filosofar, desabafar.

É óbvio que muita coisa aconteceu nesse meio tempo. E é óbvio que tenho muitos e muitos pensamentos sobre tudo. Mas a vantagem da Internet é ser um meio atemporal. Por isso, posso comentar o assunto que eu quiser, no momento em que eu bem entender.

A gente vai tentando. E a vida vai tentando a gente.

alguém ainda acha que são irracionais?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

mais um no mundo...

Eu não me canso de falar da grandeza dos animais. Não é preciso procurar muito por notícias sobre seus feitos diariamente. E tão comum quanto seus atos de nobreza, são as atitudes humanas de crueldade e egoísmo.

Hoje, mais uma demonstração da superioridade animal: uma cadela vira-lata chamou a atenção de moradores de uma rua em Minas, latindo durante a madrugada e empurrando uma caixa com o focinho até a calçada. Dentro da caixa, um bebê abandonado ainda com o cordão umbilical. Que atitude maternal, não?

Animais também rejeitam crias, é verdade. Mas não é por crueldade. É instinto. E não seria o homem o ser superior e racional? Tsc, tsc, tsc... Chamar a mãe desse bebê de cadela é até maldade, né? Com a cadela, claro.

Xuxa, a vira-lata mineira heroína

terça-feira, 15 de julho de 2008

exemplo...

Há alguns dias, li uma matéria que me deixou emocionada, sobre um morador de rua que passou num concurso público no Recife. É mais do que uma história de superação e exemplo de perseverança e força de vontade. É um motivo a mais para eu acreditar num fato tão evidente: como tem vagabundo neste país!

Meu ídolo agora chama-se Ubirajara Gomes da Silva. Ele tem 27 anos e virou morador de rua aos 15. Mesmo na rua, ele botou na cabeça que não chegaria a lugar nenhum se não estudasse. Então, foi isso que ele fez. Estudou tudo que podia, da maneira que podia. Mesmo dormindo no chão, ao relento, e ficando dias sem comer. A atitude dele diante dos obstáculos da vida é algo bonito e inspirador. Mas também foi exemplar a atitude dos que o ajudaram quando viram qual era seu objetivo.

Sempre penso nisso. Acho absurdo o hábito de muitas pessoas que dão esmola. Algumas acreditam realmente que estão ajudando... não sei em quê. Outras só querem se livrar do peso na consciência e ficar com a sensação de "dever cumprido". E tem aquelas que sabem que não estão ajudando em nada, mas...

Não dou esmolas. Se estão vendendo alguma coisa, até compro. E muitas vezes já dei um prato de comida, paguei um lanche, essas coisas. Mas tenho consciência de que mesmo essa atitude não os ajudou na vida. Apenas saciou sua fome por algumas horas... Mas centavos no sinal não servem pra nada. Na melhor das hipóteses, vão contribuir para a garrafa de pinga. Crianças, então, que nem deveriam estar na rua, vão alimentar os vícios de algum adulto... ou os próprios.

Eu tenho minhas maneiras de contribuir para que essa realidade tenha alguma mudança. Mas fico indignada com a hipocrisia que teima em reinar num país de governo tão assistencialista. Ubirajara fez muito bicos na rua. Mas as pessoas que o viam quase que diariamente, perceberam que ele tinha um motivo nobre: ter uma vida mais digna andando pelos próprios pés. Ele ia atrás de apostilas, livros. Ele precisava de ajuda, mas não pra sempre. Ele não queria o peixe, ele queria aprender a pescar. Ubirajara nunca recebeu o Bolsa Família. Mas lia e estudava tudo que chegava às suas mãos. Ontem, segunda-feira, dia 14 de julho, ele começou o treinamento no Banco do Brasil.

Os detalhes de sua história podem ser lidos aqui...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

pausa para rir...

Eu fico imaginando o que passa pela cabeça de um sujeito que desenvolve uma página dessas e quanto tempo livre ele tem... Mas, convenhamos, é sempre divertido ver um besteirol na rede. De vez em quando, a gente precisa de algo assim, pra deixar os pensamentos de lado por um tempinho. Dêem uma olhada nisso!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

tolerância zero

E lá vem o circo brasileiro de novo...

Você pode estar chapado de maconha, cocaína ou crack. Mas por favor, cidadão "de bem", não dirija depois de ingerir:

- um bombom de licor
- florais de bach
- enxaguatório bucal (bom, esse é melhor não ingerir mesmo...)
- banana flambada
- creme de papaia com cassis
- alguns remédios (ora! descubra quais!)
- fondue de queijo
- molhos regados a vinhos
- etc...

E viva a bandeira 2 dos taxímetros!!!

domingo, 8 de junho de 2008

meu bebê...

No início do ano, ele se despediu. Tudo foi muito rápido. Em poucas semanas, aquele ser iluminado, sem consciência da própria força, nos deixou órfãos. Foi triste, foi doloroso. Era impossível imaginar aquele momento.

Seus últimos dias foram cheios de amor, de carinhos. Mesmo entre lágrimas, eu só o abraçava e o enchia de beijos. Ele respondia com o olhar querido, mas a doença já o deixava fraco. Já parecia até cansado dos cuidados excessivos da avó, de quem sempre fora o grande companheiro diário.

Por algum tempo, eu não consegui aceitar. Acho que ainda não consigo. Porque não aceito que ele tenha apenas passado por nossas vidas. Ele era a alegria da família que uniu, dava vida ao lugar. Parece que ainda vou vê-lo entrando pela casa, estabanado. O arfar feliz, o porte nobre, o olhar tranqüilo.

Quem o conheceu, sabe que é um pecado chamá-lo de cachorro. Ele foi mais gente do que muito ser que se diz humano. Raciocinava, coisa difícil nos homens. Entendia as palavras. Mesmo as que nunca haviam sido pronunciadas antes. Tomava conta do ambiente. Expressava seus sentimentos abertamente... e fazia questão de estar em companhia dos que amava. E estes o amavam também.

No dia seguinte a sua partida, entre mais lágrimas, disse uma amiga: "Esta casa está impregnada de Barnei". E está ainda. E é ainda impossível andar pela casa e não sentir sua presença, seja ao lado da mesa, pedindo educadamente por uma torrada com patê, seja sobre o edredon, emanando seu calor natural.

Barneizito, sei que você não está mais sofrendo e que está feliz, sendo útil em outro plano. Vou te amar sempre, meu bichinho... Um dia a gente se encontra pra brincar de novo.

23.11.99 - 08.02.08

sábado, 7 de junho de 2008

desviando o foco...

Coisa interessante acontece neste país... O brasileiro não conhece leis, não quer saber, não dá a menor bola, nem sonha em segui-las. Mas se é para defender seus prazeres, sua liberdade, evoca até as leis divinas.

Milico que usa de má-fé para denegrir a imagem de uma instituição já tão baleada pelos anos de vergonha não merece respeito por seu "status" de homossexual. Fico indignada com a atitude desse sargento, tanto pelo que está fazendo com o Exército quanto pelo que está fazendo com a comunidade gay (expressão que, diga-se de passagem, é desastrosa, porque parte do princípio de que gays formam um povo à parte... enfim...).

Eu, euzinha... quase contabilizando mais amigos gays do que héteros. Para solidificar minhas amizades, nunca fiz distinção de cor, classe social, preferência sexual... Não tento aqui demonstrar virtude! Sou o que sou! Todos têm defeitos, inclusive eu. Também julgo, também distingo... mas pelo caráter. Assim escolho meus amigos. Sem sistema de cotas.

Também eu, euzinha... casada com um milico. Cresci avessa aos militares, tendo horror a tudo que se referia a eles. Em família, sempre ouvi as histórias angustiantes vividas na ditadura. E lá fui eu me casar com o "inimigo"... que conheci através de uma grande amiga jornalista... que me apresentou o aspirante como um "milico que lê Marx". Hoje, grande coisa... esse Marx.

Dito isso, deparo-me com essa notícia patética, de um sargento fazendo escândalo porque o Exército o estaria punindo por ser gay, por ter revelado seu "segredo", seu relacionamento com outro militar. Mais ridícula ainda é a reação da sociedade (e de parte da imprensa, claro... ou seria da imprensa e de parte da sociedade?). O Exército cerca uma emissora de TV para prender um desertor que tem um mandado expedido há mais de uma semana. Isso já aconteceu. Várias vezes. O artigo 187 do Código Penal Militar prevê isso. Volta da ditadura? Que dramalhão mexicano! Todo militar, hetero ou homossexual, sabe o que o espera nesse meio. Eu não aprovo as resoluções... mas se são predefinidas, você sabe onde está se metendo! E isso é em qualquer ambiente de trabalho.

Não, meus caros paranóicos, a ditadura militar não está de volta. Não, os militares não têm qualquer interesse em tomar este governo medíocre e repetir os anos linha-dura. Não, o Exército não faz "queima de arquivo" só porque o sargento choroso abriu para o mundo (oh! sim! para o mundo!) sua opção sexual. E, de uma vez por todas: Não, o milico não está sendo punido por ser homossexual, mas pelo crime de deserção. Se, agora, depois de toda a mídia, já se ouvem as ironias e piadinhas nos quartéis (convenhamos, qualquer instituição é formada por pessoas de diversas índoles), o próprio sargento ajudou a complicar essa situação. Um exibicionismo só!

Má-fé. Ele sabia que estava errado. Ele sabia que já estava contrariando todas as regras militares. E nada tinha a ver com o fato de ser gay. Mas ele queria mudar o foco. Não podia sair como o errado da situação. Claro, é mais fácil ser a vítima. E foi exatamente o que ele fez. Organizou a agenda pra que o país se voltasse contra uma instituição já desvalorizada, levantando uma bandeira que nem estava em questão.

Há gays no Exército, apesar de haver leis condenando tal "condição" (rsrsrs). Assim como há também muitas leis que já caducam na Constituição Brasileira. O brasileiro, melindrado como só, adora levar os assuntos aos extremos. Mesmo sem entender lhufas!!

Convivendo mais com o meio militar, eu hoje tenho uma visão diferente desses profissionais que são treinados pra guerra, ganham um salário miserável - considerando o estresse a que são submetidos - e continuam sendo incompreendidos pelos que pensam, estupidamente, que as Forças Armadas só têm serventia numa ditadura ou nas ruas, fazendo pose. Hoje, vejo o quanto esses homens poderiam ser úteis para este país, não fosse a mediocridade e a hipocrisia reinantes. Comecem pensando na Amazônia... e que tudo que é lido sobre a "invasão gringa" não é boato. Pensem também no trabalho feito no Haiti, com o nosso dinheiro, quando essa força poderia estar sendo usada aqui mesmo.

E, finalizando o assunto do sargento, peço que reflitam até onde vai essa vontade do brasileiro de aparecer, de passar por cima de toda e qualquer regra constituída, de tirar vantagem e contar os lucros a qualquer preço, de desconsiderar por completo qualquer norma estabelecida apenas para que exista um processo de civilidade em nosso cotidiano.

Gays, héteros, negros, brancos, pobres, ricos, cultos, analfabetos. Deveríamos estar unidos contra a corrupção... do próprio povo; Contra o vandalismo... que descamba pra violência; Contra o desperdício... que incindirá sobre as próximas gerações. Deveríamos estar preocupados com este presente catastrófico que alguns teimam em chamar de futuro, ao invés de nos preocuparmos com discussões inúteis sobre preconceitos descabidos, que são criados para desviar nosso olhar de nossos próprios erros.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

depois de um longo e tenebroso inverno...

Nossa... faz quase um mês, né? Mas tenho um bom motivo pra ter deixado o blog de lado desta vez: a dissertação. Coisinha complicada esse mestrado, não? Mas tá saindo, tá saindo... Um dia acaba. Apesar de a síndrome da página em branco atacar de vez em quando, as idéias estão surgindo, a pesquisa está fluindo e o texto vai tomando forma. Forma de quê... isso eu ainda não sei dizer.

Bom, nesse meio tempo, algumas coisas aconteceram. Coisas dignas de um post no blog... pelo menos no meu! Aliás, talvez eu devesse mudar o nome do blog pra "tolerância zero" ou algo do gênero. Tenho sido bem impaciente em algumas situações... Mas duas, em especial, mereceram:

Ralouín

Sei que podemos colocar a culpa na globalização, na internet, etc, etc.. Mas Halloween, realmente, é uma data que me deixa incomodada.

Eu sei que já adotamos no Brasil algumas festividades que vêm de fora. Eu sei que existe toda uma "troca cultural", digamos assim, reinante. Mas há sempre uma história por trás. E mesmo comemorações mundiais têm características próprias em cada país.

O Natal, por exemplo, que é uma festa cristã, ganha detalhes próprios no Brasil. E eu sei que Papai Noel, de roupa de frio e gorro, a bordo de um trenó puxado por renas, é uma coisa incompatível com o calor carioca, com as praias do nordeste ou mesmo com a "sauna" que é Porto Alegre. Mas a gente admite. O nosso Natal é no verão, apesar de muitos enfeites natalinos terem neve. Mas até Papai Noel de sunga de banho eu já vi!

Mas então, num ano qualquer aí, alguém resolveu começar a comemorar o Halloween no Brasil...

Olha... Enquanto só estavam fazendo festinha de "Dia das Bruxas", eu até engolia. Até participei! Já não bastava o nosso carnaval, o brasileiro decidiu se travestir também em outubro. O problema é que, não sei que diabos aconteceu, as crianças passaram a bater de porta em porta dizendo "doces ou travessuras". Hein?! O que houve com Cosme e Damião? Por que não estender ESSA cultura de distribuição de doces para todo o Brasil? Não. Algumas crianças brasileiras não sabem exatamente por que é que estão pedindo doces no ralouín, mas estão adotando a cultura americana assim mesmo.

Eis que... Estou eu estudando em casa, no dia 31 de outubro, quando ouço a campainha. Dois guris, do tamanho da minha perna, com máscaras de monstros, falam timidamente:

- Doces ou travessuras

Eu fiquei olhando pros dois durante alguns segundos, tentando jurar pra mim mesma que aquilo era um pesadelo saído de alguma série da Sony ou da WB.

- Como é? - perguntei intrigada

Eles repetiram. E eu, tentando disfarçar o sarcasmo, respondi:

- Desculpe, queridos, não sei o que é isso.

A campainha ainda tocou outras sete vezes naquele dia, sempre com crianças vestidas de bruxas, monstros e heróis. Até uma pequena baiana apareceu! Mas eu não abri. Só espiei pelo olho mágico. Isso porque eu não queria ser um trauma na vida daquelas crianças... e eu estava prestes a me tornar um.

Pior foi no dia seguinte, já dia 1 de novembro, que uma atrasada tocou a campainha e pediu quase sussurrando "doces ou travessuras". Eu quase pedi que ela me levasse à mãe dela... pra ter uma conversinha amigável.

Daqui a pouco estaremos comemorando o Dia de Ação de Graças. Já imaginou?
Mequidonaldis

Faz tempo que deixei de comer no McDonald's. Nada ideológico, não! Isso é bobagem. Parei de comer porque a comida passou a me enjoar. Sempre o mesmo gosto de plástico e isopor. Comecei a passar mal depois do lanche. Então, cortei. Falta não vai fazer!

Aí, fui no Bourbon Country com meu digníssimo para ver um carro que um cara estava vendendo. Como estávamos com fome e já atrasados para outro compromisso, decidimos comprar McDonald's pra viagem.

O sanduíche, apesar de estar normal, me deixou enjoada, claro... Mas o detalhe foi a bebida. Ao invés de jogar tudo em algum lixo na rua, acabei trazendo pra casa. Como vi que ainda havia alguma coisa no copo, abri pra despejar na pia. Mas ao invés de gelo ou coca-cola, caiu na pia um pedaço da máquina de refrigerantes do Mequidonaldis!

Voltei lá e peguei meus 3 reais de volta, com a promessa de não comer mais no McDonald's... nem se estiver verde de fome!

Só o sundae ainda desce...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

enchente no Rio

Que a violência no Rio não tem mais jeito, eu já sabia. Que é uma cidade em que a população se sente abandonada pelas autoridades, ninguém duvida. Que pessoas fazem protestos violentos por qualquer coisa - atingindo até quem não tem nada a ver com a história - e se acham com razão, também não é novidade. Mas agora passaram dos limites (se é que isso ainda existia):

"No começo da tarde, em São João de Meriti, um ônibus foi incendiado, (...) de acordo com os bombeiros, o ato foi em represália às enchentes e alagamentos."

Então tá... Lixo nas ruas e rios, construções ilegais, "gatos"... E quem paga é São Pedro. No verão... vão atirar pedras portuguesas no sol??

Queria ver jogarem granadas em represália às ventanias. Mas tem que ser contrário ao vento!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

arte?

Um ser repugnante chamado Guillermo Habacuc Vargas expôs um cachorro definhando até a morte, sem água e comida, em uma galeria de arte da Costa Rica. Arte é a puta que o pariu!!!

Não há justificativa para isso. Apontar a hipocrisia de quem vai ver essas exposições? Mostrar que há fome no mundo e que as pessoas fecham os olhos pra isso? Dizer que o cão iria morrer de qualquer modo nos becos de onde foi tirado? Nada justifica! Já não basta tudo que o ser que se diz humano faz contra a própria espécie; já não bastam a crueldade, a bandidagem, as guerras; já não bastam a destruição à natureza, a matança e o desrepeito aos animais, considerados "inferiores"... Alguém quer me convencer que este estrume ambulante que se diz artista é racional e superior a um animal? Por que ele não se amarrou e fez greve de fome na exposição?

Pior é saber a quantidade de gente besta que foi ver a exposição. Os comentários idiotas em cima de pedaços de coisa nenhuma, de restos. Arte? Com que facilidade as pessoas fazem "arte"! Com que facilidade um bando de gente "cult" admira lixo! Porque só o que vejo de arte atualmente é lixo.

Eu queria poder pegar esse desgraçado que foi vomitado por uma besta qualquer de algum lugar do inferno, colocá-lo numa coleira e deixá-lo pendurado em algum lugar do deserto, sem água ou comida, onde ele pudesse sentir a vida deixar seu corpo devagarinho enquanto fosse estuprado por camelos. Isso porque agora eu já me acalmei. Nessas horas sinto nojo de pertencer à raça humana...

E ainda querem premiar essa podridão (eu me recuso a colocar aqui as fotos). Por que não colocam a mãe dele pra definhar na exposição? Ah, é... ela deve estar muito ocupada atendendo clientes no bordel.

Aos que quiserem assinar uma petição online em repúdio ao "artista", aí vai:
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

Essa me tirou realmente do sério... E por isso reforço: prefiro os animais aos humanos!!!!

piada do coelho 'remasterizada'... hehehe

Não sou de ficar reproduzindo piada que recebo por e-mail aqui no blog... Mas gostei dessa nova versão :o)

"Chegaram pro McGyver e falaram:

- A gente soltou um coelho nessa floresta. Encontre mais rápido que os outros e você será considerado o melhor!

McGyver pegou uma moeda de 5 centavos no chão, um graveto e uma pedra e entrou na floresta. Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no terceiro dia com o coelho.

Daí chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa. Ele entrou correndo na floresta e 24 horas depois apareceu com o coelho. Pediu desculpas porque teve q desarmar 5 bombas nucleares, recuperar 15 armas químicas, escapar de um navio cargueiro que ia pra china e matar 100 terroristas pra chegar até o coelho.

Daí pediram para o Cap. Nascimento ir buscar o coellho. Se ele demorasse menos de 24 horas ele seria o melhor. No que ele respondeu:

- Tá de sacanagem comigo 05? Cê tá de sacanagem comigo ? Você acha que eu tenho um dia inteiro pra perder com essa p. de brincadeira 05 ? Tu é mo-le-que! MO-LE-QUE 05!!!

Virou-se calmamente para a floresta e gritou:

- Pede pra sair!!! Pede pra sair dessa p.!!!

Em menos de 5 segundos já tinham saido da floresta: 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacarés, 1000 paca-tatu-cotia-não, o Shrek e o monstro fumaça do Lost.

Daí ele gritou:

- 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02!
- 07, traz a 12!

Nisso o Bin Laden saiu da floresta correndo!!!"

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

mais pensamentos

Eu tinha uns cinco anos. Estava deitada sobre a grama de uma pousada em Penedo, região serrana do Rio. Um dia lindo! Uma paz danada. Só ouvia o som do canto dos pássaros e do riacho que passava ao lado.

Comecei a prestar atenção no céu. Havia poucas nuvens. E, de onde eu estava, as nuvens se mexiam em bloco, como se estivessem, na verdade, paradas, enquanto eu me deslocava. Eu, imóvel ali, tinha essa sensação mesmo.

Então, me virei pra alguém que estava perto (não me lembro, acho que era minha mãe) e disse, eufórica:

- Olha! Dá pra sentir o planeta se movendo!!!

E recebi como resposta óbvia:

- Não, Dani. São as nuvens que estão se mexendo, por causa do vento.

Puxa. Que desilusão... Mais um ensinamento, necessário à minha evolução, que me tirou um passo da infância. O mundo se move tão lentamente e, ainda assim, tudo passa tão rápido, não?

terça-feira, 16 de outubro de 2007

ciclos

Há dias não escrevo aqui. E isso não significa que não tenham acontecido coisas interessantes... ou pensamentos esquisitos. Eu só não consigo seguir uma rotina.

Não sei se isso é falta de disciplina ou hábito. Deve ser. Quando eu retomei o blog em agosto, prometi a mim mesma que escreveria sempre. Mesmo que eu fosse a minha única leitora! Afinal, quando comecei a escrever o blog (há quase 6 anos, acho), não tinha a menor intenção de "ser lida". Hoje, gosto de saber que tenho alguns poucos lurkers e gente que gosta de vir aqui e comentar, discutir (a rede, afinal, é um espaço público). Sinto-me pretensiosamente feliz e até faço minha própria publicidade... péssima, diga-se de passagem.

Mas minha idéia era escrever mesmo. Queria apenas deixar registrados alguns pensamentos. Mesmo que errados, polêmicos, contraditórios. E eu prometi que escreveria... não diariamente, mas uma vez por semana, pelo menos. Era um trato comigo. Descumpri...

Faço isso em vários níveis... Não é fácil, pra mim, dar continuidade a algumas tarefas, a algumas atividades. De qualquer modo, sempre que me dedico a algo novo, eu o faço da melhor maneira possível (e, normalmente, sou bem-sucedida, porque não gosto de fazer nas coxas). Até descobrir um novo "algo novo". E, mesmo que desânimo e frustração batam à porta de vez em quando, não são estes sentimentos que aparecem nesses momentos. As novas descobertas não significam que eu fique desanimada com minhas escolhas. Parece que estou sempre encerrando ciclos... Sejam eles naturais da vida, sejam provocados por mim.

Não sei o quanto isso tudo é normal e quantas pessoas fazem isso. Também não digo que isso seja uma qualidade, uma coisa boa. Sou assim. E só.

Será que é possível dedicar-se a algo por toda uma vida?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

instinto materno

No último fim de semana, mais um bebê foi abandonado pela mãe. Aliás, abandonado não é o termo. A mulher queria matar a criança mesmo, jogando dentro de um rio - que tá mais para um grande esgoto - em Contagem (MG). A recém-nascida foi socorrida por dois rapazes que ouviram uma menina falando de uma "boneca" no rio.

Hoje, a mãe foi encontrada e presa...

"Elisabete Cordeiro dos Santos, 25 anos, teria contado aos policiais do 4º Distrito Policial que na madrugada de sábado para domingo provocou um aborto, e após dar à luz a criança, colocou-a dentro de uma sacola e jogou-a pela janela de casa no ribeirão." (do Terra)

Bonito o ser humano, não? A insanidade tomou conta.
E ainda me perguntam por que eu prefiro os animais aos humanos...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

e eu no sedentarismo...

csi faz pensar...

Há alguns dias, assisti a um episódio do CSI (sou fanática pelos "enlatados" americanos) que tratou de um assunto bastante polêmico e me fez lembrar uma discussão que tive sobre isso anos atrás. Era o caso de uma menina que tinha sido gerada para ser a doadora de medula de seu irmão. Os pais já tinham um casal de filhos e o menino foi diagnosticado com leucemia. Então, resolveram ter outra criança para salvá-lo.

No episódio, a menina (que aparece morta) sofre durante toda sua curta vida, por causa dos testes, das doações, etc. Ao longo dos anos, os pais ficam cada vez mais concentrados em salvar o filho mais velho. Eles não se tocam que tratam a menina como uma fonte de remédio, não como uma filha também.

Já vi algumas histórias reais, em que uma criança é gerada para salvar algum irmão ou irmã. Acontece bastante. Claro, nunca vi nada parecido com a história do CSI, mas fico imaginando como fica a cabeça dos membros dessas famílias.

Muitos finais felizes, é verdade. Pessoas que souberam lidar com a situação. Famílias de verdade. Vidas que seguiram com tranqüilidade, com harmonia. Mas muita gente meio "perdida", falando de uma criança como a "solução de seus problemas". Muitas vezes, preterindo um filho a outro. Bom, cada um, cada um...

Lembro de ler a história de uma menina que queria se emancipar, aos 12 ou 13 anos, não me lembro bem. Tudo porque ela se sentia isolada pela própria família. Ela havia sido gerada pra salvar a irmã. Era uma história bem triste. Mas lembro de ver o sorriso dos pais na matéria, falando do quanto a filha mais velha estava superando os problemas.

Essas situações são estranhas... Acho que eu não saberia lidar bem com isso tudo. Bem, todo dia descubro uma situação pela qual não consigo me imaginar passando. Mesmo quando estou tão próxima de uma.

Hoje mesmo, encontrei em minha pasta de documentos uns exames que foram feitos quando eu tinha três anos de idade. Encontraram uma bactéria chamada pseudomonas aeruginosa. Lembro de minha mãe contando sobre essa época. Meu irmão não tinha um ano de vida e meus pais já tinham ouvido de alguns médicos diagnósticos errados. Ninguém sabia o que eu tinha. Parece que teve médico até dizendo que não tinha muito o que fazer... algo assim. Até que um encontrou o problema e tratou. E mesmo assim, não foi muito fácil. E isso foi há 27 anos.

Imagino que não foi uma situação fácil pros meus pais. Imagino que não seja uma situação fácil pra qualquer pai ou mãe. A sensação de impotência nessas horas é muito grande. No caso do episódio do CSI, o que me deixou chocada, imaginando se fosse verdade, foi a idéia dos pais realmente terem, e tratarem, a filha mais nova como uma "solução" para salvar a vida do outro filho. Por um lado, um grande amor. Paradoxalmente, um grande desprezo.

Bom, continuo assistindo à série. Adoro! E há sempre um bom tema pra discutir... hehehe

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

protestos

Protestos são vistos todos os dias, praticamente. Em todo o mundo, há sempre alguma coisa acontecendo para que um grupo de pessoas se manifeste contra (exercendo seu direito, como ser humano, de não aceitar uma situação, acredito eu). Mas acho que a gente se acostuma a ver aqueles protestos em que de um lado está a polícia, ou os soldados, ou as guardas locais, responsáveis por reprimir, e do outro estão os manifestantes, gritando palavras de ordem e tentando revidar. Nem sempre sai coisa boa aí. Já vi manifestações pacíficas terminarem muito mal.

Assim, fico triste ao ver o que está acontecendo em Mianmar, antiga Birmânia. As manifestações são contra o regime militar no país. O povo pede pela democracia. E quem está à frente dos protestos? Monges budistas. Posso estar falando besteira (ou estar desatualizada) mas, que eu saiba, os monges budistas são pessoas que procuram sempre viver em paz, que rezam e meditam e que, pelo menos na teoria, não são capazes de ferir uma mosca. Admiro muito, porque eu não consigo me ver assim. Por isso, não consigo imaginá-los sendo massacrados pelas forças de segurança birmanesas durante um protesto pacífico.

As manifestações já acontecem há dias, sem incidentes mais graves. Parece que o protesto é o maior já registrado contra o regime nas últimas duas décadas. Mas, hoje, as coisas começaram a piorar. Centenas de monges já foram presos no templo de Shwedagon (coincidência: faz uma semana que recebi fotos lindas do templo), local sagrado, e pelo menos três já morreram durante os conflitos.

Eu tento imaginar a cena. Monges budistas, com suas túnicas, descalços (ou com sandalinhas) cercados pela população, que os respeita e que tenta protegê-los, enfrentando um paredão de soldados armados. É, isso não vai acabar bem...

Fiquei comparando (considerando as proporções, claro) com o protesto dos sem-teto em São José dos Campos, quando os policiais tiveram que se proteger atrás de uma porta de vidro blindado. Pensei na fúria desses manifestantes, que invadiram um terreno, e na pacificidade dos monges contra um regime autoritário.

Sei lá, são coisas que penso...